
Apesar de toda mobilidade da minha bisavó, e todo seu
sacrifício para andar, devido ao cansaço, apesar de ouvir as mesmas frases e talvez
as mesmas histórias, olhar para ela e ficar com ela foi uma meditação, uma
máquina do tempo fracionada num piscar de olhos, onde tive a chance de rever
toda a minha vida: Quem eu fui, quem eu sou e quem quero ser... Com um breve
questionamento: “Quanto tempo eu tenho?” Talvez eu chegue aos 97 como a minha
vó, talvez eu pare nos 50; talvez eu nem chegue aos 24...
Ficar três dias com a minha avó e ver ela rindo das bobagens
que eu falo me deu uma única certeza: Viver até os 30 ou até os 100, tanto faz.
Sei que posso fazer cada diz um pouco mais,
se sou capaz de fazer alguém rir, então, estou fazendo a coisa certa,
então morrerei em paz, morrerei feliz.
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Bisavó Maria e Vó Iracema |
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