Eu costumava freqüentar algum lugar onde era só eu e você. Onde delatávamos nossos pecados da forma mais pura e intensa que existe. Onde eu podia observar sua nudez sem pudor algum, e me perdia no meio das suas pernas sem culpa. Viajando por um mundo paralelo aonde só existia eu e você, aonde estávamos no ápice do prazer, olhando profundamente um para o outro, sem perceber, sem querer, tão sutilmente como uma poesia.
Lembro-me de navegar pelo seus mares de águas ora intensas e ora calmas, me divertindo com o ir e vir de seu jeito, onde a minha única preocupação era o ofegar de sua respiração ao me espiar por inteiro, lentamente, a apreciar a paisagem do seu paraíso...
Em algum lugar nos perdemos em nossas linhas e sem motivo, mas com uma vontade imensa de não voltar, de parar o tempo ali entre nossas pernas, nossa respiração, nossos suspiros em andares. Até que quando nos demos conta, ele já não estava mais lá, nós o trancamos, engolimos a chave, o que me resta agora é olhar por entre as grades do portão, ver tudo criar poeira e envelhecer, ansiando a vontade de te encontrar, pular o muro e me perder novamente, no meio das suas pernas...
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