Conter.

    Eu preciso me conter! Deliberar essa louca vontade de você, preciso me acudir para não cair em tentação. Há alguma coisa fervendo dentro de mim, explodindo, crescendo, colocando eu e quem estiver próximo em risco. Eu preciso aliviar o que me consome devagarzinho, ardentemente dentro da minha calcinha. Eu preciso de você, eu preciso de você!

    Eu estou abraçada com meus problemas para não lembrar de você, dos músculos, a força, o peso, o movimento. Eu estou fazendo tudo para não pensar em nada, para não enlouquecer, para não aumentar minha vontade de você, naquela pequena cama barulhenta, dura, meio torta, se lembra?

   Eu preciso me conter, para não te engolir e te ruminar mais tarde, para aproveitar cada pedacinho seu, do seu corpo, do seu sexo. Mas quem foi mesmo que disse que eu precisava me conter? É mentira, não preciso fazer nada, só aquilo que tenho vontade [...], e agora só sinto vontade de você...