30 de nov. de 2012
29 de nov. de 2012
Razões.
As
razões não se limitam, são sopradas aos ouvidos como gritos de liberdade. As
razões não se julgam, ela têm todos os motivos do mundo para se rebelar. As
razões vivem de bico para o coração, não o suportam, ele é frágil demais e as
razões são vivas demais, quentes demais, intensas demais, com tesões demais...
As razões não pedem licença, entram, sentam, beija, tocam, simplesmente por
prazer, sem precisar de uma concreta razão para querer, apenas pelo desejo de
ser...
As razões me arranham as costas, me suam
até perder o fôlego, me enchem de mais, de coisas a mais, de razões a mais, de
delírios a mais, razões demais... Você demais, a razão que me faz ficar,
querer, fazer, sentir, amar, ter.
Eu não preciso matar minhas razões os
pichá-las a todos os muros brancos da minha consciência, porque elas vão
continuar aqui, batendo tampa de panelas dentro de mim e batendo o punho no
peito dizendo que sem elas eu não seria sua, eu não seria minha, não seria de
ninguém , não pertenceria ao mundo, não teria motivos, não maltrataria o
coração. Mas elas estão lambendo minha cabeça e nesse exato momento, me
dizendo: Somos as razões pela qual tudo está como está. Então deixa assim, fica
assim, sem motivos, sem razões. Liberta o corpo ao vento, prenda as razões,
beije-as e as agradeça por Viver tentando.
22 de nov. de 2012
Fragmentos do fim.
O mundo está para acabar, trinta dias, trinta e um dias, sei lá quantas horas... Pouco
importa. O mundo está para acabar, e na gente o que fica? O que não acaba? O
que não morre? O que matamos? O que deixamos morrer? O mundo se vai, e nós para
onde vamos? O amor que cabe aqui dentro do peito, que mora instalado, com suas
malas, fotografias, histórias e lembranças. E o amor, que tão levinho se
acostumou com o calor do corpo, dos corpos, da paixão, de tudo.
O mundo
está para acabar, nem dá tempo de fazer testamento. Então vamos semear. Jogando
ao vento e dentro das pessoas descrentes de VIDA um pouco de esperança, um
pouco do calor do nosso amor. Distribua antes do fim aquilo que dentro de você
nunca irá acabar, aquilo que faz bem, que fortifica. Dê ao mundo um pouco da
sua essência, da sua felicidade e espalhe o que você tem de melhor. Deixe o
mundo acabar, abra seus braços, sorria e se lembre de tudo o que você fez valer
a pena. Se o mundo tiver que acabar, que acabe, que o amor viva, que as
lembranças vivam e que os fragmentos do fim, flutuem dentro de tudo o que
conquistamos e vivemos.
11 de nov. de 2012
Série: Crônicas de Amores Contemporâneos III
Conto III
O Making Off dos Sentimentos
O Making Off dos Sentimentos
Eu sou do
tipo de pessoa que precisa começar a mesma coisa um milhão de vezes até ter
certeza de que ela pode ficar ainda melhor. Eu sou do tipo de pessoa que inicia
um texto novo, ou um projeto novo sempre que acredita que aquela é a sua melhor
ideia. Eu sou do tipo de pessoa teimosa que inicialmente satisfaz o seu próprio
ego para depois conseguir satisfazer o dos outros. Sou do tipo de pessoa que se
importa sim com o que as pessoas pensam, mas que se importa ainda mais se esses
pensamentos vão interferir na sua imagem que vai se refletir por toda a
eternidade.
Você
ama? Eu amo. Você odeia? Eu te ensino a ser melhor sem o ódio. Você se
apaixona? Eu intensifico uma paixão toda vez que percebo que ela está chegando.
Você sofre? Eu te ensino a sobreviver. Você sente dor? Eu te ajudo a ficar mais
forte. Você se acha o melhor em tudo? Então se aproxime, deixe que eu te leve
por de trás das cortinas da Vida, além do que os seus sentimentos são capazes
se identificar. Existe um canto oculto e quase que unanime em todas as pessoas.
Saber adestrar um sentimento é possível
sim, difícil, confesso. Mas admito também que saber expressar ou não expressar
um sentimento, te torna mais forte, até mesmo mais flexível, passa a imagem de
segurança (sentimento raro) e faz com que você tenta total domínio sobre você
mesmo e aquela imagem que quer passar para as outras pessoas. O verdadeiro
sentimento é transmitido em pequenos detalhes, até mesmo denunciados pelo
olhar, ou por um sorriso expressado imperceptivelmente.
3 de nov. de 2012
Crônicas de Amores Contemporâneos II
Conto II
Ter um Filho
Ficaram em silêncio, não se tratava de ter um filho, todo aquele processo de gravidez, de contar para os pais, o parto, o possível “casamento” para cuidar juntos do bebê. Não era a responsabilidade, o emprego, ter que largar os estudos e nem abrir mão da juventude. Era o medo de como educar e alicercear uma nova pessoinha nesse mundo indigno e cheio de maldade. O medo era de não saber como educar corretamente uma pessoa que chega do nada, se forma do ‘nada’ e necessita de você para tudo. Comer, se vestir, se limpar, falar, aprender, viver...
Ter um Filho
- Você está tomando seu
remédio, certo? – Ele a olhou a meia luz e perguntou.
- Sim, eu não paro de
tomar! – Ela respondeu.
- Não podemos ter um
filho agora! – Ele disse assustado.
- Eu sei, nem temos
idade ou estrutura...
Ficaram em silêncio, não se tratava de ter um filho, todo aquele processo de gravidez, de contar para os pais, o parto, o possível “casamento” para cuidar juntos do bebê. Não era a responsabilidade, o emprego, ter que largar os estudos e nem abrir mão da juventude. Era o medo de como educar e alicercear uma nova pessoinha nesse mundo indigno e cheio de maldade. O medo era de não saber como educar corretamente uma pessoa que chega do nada, se forma do ‘nada’ e necessita de você para tudo. Comer, se vestir, se limpar, falar, aprender, viver...
Ter um filho para era uma escolha, também um envio de Deus. Um
empurrão para um desafio à beira de um penhasco, uma corda bamba sem direito à
volta. Ter um filho no início daqueles vinte anos era a troca do ‘nós’ para
sermos ‘todos nós’, e deixar de ser a preguiça de dormir até tarde ou ficar na
cama sem fazer nada até mais tarde, para se tornarem: alguém pulando na sua
cama às sete da manhã de meinhas, pedindo um ‘tetê’, cheirando a leite e
dizendo – bom dia, mamãe.
Para eles dois e para aquele silêncio que
ficou no quarto depois do susto era mais que assustador, era o medo de ter nos
braços um bebê com menos de sessenta centímetros e que a partir daí, você deixa
de ter a sua vida para ser a vida dele e ele ser a sua vida. Não estavam
prontos, não era pra ser. Não tinha como... Ainda precisavam muito um do outro
para aprender e, quem sabe, lá na frente poder repassar tudo para o seu bebê.
Ter um filho não era ter uma foto de um bebê
bem arrumadinho no facebook ou colocar uma roupinha descoladinha e leva-lo ao
shopping [...] Ter um filho ultrapassa qualquer expectativa e coloca dentro do peito
um medo tão grande e inexplicável que se iguala a felicidade, não a de ter um
filho em si, mas a felicidade de ter a capacidade de formar mais um grande
homem para a sociedade e ter a certeza de que seu trabalho está feito
corretamente quando ele não se entregar
aos leões da nossa selva de pedra.
1 de nov. de 2012
Série: Crônicas de Amores Contemporâneos I
Conto I
Como nos filmes, Como no cinema, Como deveria ser.
O silêncio é um sinal, mas quem vai se atrever a dizer, a se olhar, se entregar, se devorar... Então tudo acontece, a gente não se prende ao medo do “depois”, mas se agarra na esperança do momento durar para sempre. O beijo acaba, embora longamente demorado, mas acaba; o filme vai chegando ao fim, é a dúvida, é o medo, é agora a luz sobre dois rostos tímidos, que se conheceram, que não se olharam, mas que se sentiram, se pertenceram...
Não marcam um segundo encontro, deixam que tudo aconteça da forma como tem que ser, como deverá ser, um dia...Mas o filme acabou, aquela história se foi, não será nada mais que uma doce lembrança, como um filme, desses que você espera o ano todo para ir à estreia. Então a nossa despedida terá um final feliz, como nos filmes, como deveria ser...

Como nos filmes, Como no cinema, Como deveria ser.
Deveria
ser um filme com final feliz, mas nunca é. É como uma espécie de encontro
combustivo, aonde é delirante e prazeroso o primeiro encontro, aonde há aquela química assustada entre o frio na barriga e a curiosidade pelo final do filme.
Deveria ser uma promessa pequena, mas com uma profundidade alojada no peito,
junto com a esperança. O filme começa, a gente se senta, não se ajeita, tem
medo de falhar, qualquer palavra dita mais alto, qualquer gesto mal calculado
pode arruinar a história. O gênero do filme ajuda, inspira, instiga, começa a
fazer suar frio. Os braços me mexem, o corpo se ajeita, os músculos esticam, estamos
abraçados. O suor aumenta, a ansiedade domina... O filme pouco importa, em que
parte estamos mesmo? De que gênero é mesmo este filme? É uma comédia, a sala
toda riu, menos eu, menos nós. Sozinhos no mesmo pensamento, que embora se
completem, são individuais, cada um com seu questionamento, mas com a mesma
finalidade: “Por que ele (a) não me beijou ainda? Será que não quer? Fui chata
(o)... Não nos veremos nunca mais...”
O silêncio é um sinal, mas quem vai se atrever a dizer, a se olhar, se entregar, se devorar... Então tudo acontece, a gente não se prende ao medo do “depois”, mas se agarra na esperança do momento durar para sempre. O beijo acaba, embora longamente demorado, mas acaba; o filme vai chegando ao fim, é a dúvida, é o medo, é agora a luz sobre dois rostos tímidos, que se conheceram, que não se olharam, mas que se sentiram, se pertenceram...
Não marcam um segundo encontro, deixam que tudo aconteça da forma como tem que ser, como deverá ser, um dia...Mas o filme acabou, aquela história se foi, não será nada mais que uma doce lembrança, como um filme, desses que você espera o ano todo para ir à estreia. Então a nossa despedida terá um final feliz, como nos filmes, como deveria ser...
Promoção: Meu Pecado Tem 50 Tons de Cinza!
Para comemorar o nosso relacionamento de 1 ano, nada melhor que o livro do ano para complementar nossa festa! No dia 5 de dezembro, aniversário do blog, será realizado o sorteio do livro 50 Tons de Cinza da autora: E. L. James.
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