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29 de nov. de 2012

Razões.


As razões não se limitam, são sopradas aos ouvidos como gritos de liberdade. As razões não se julgam, ela têm todos os motivos do mundo para se rebelar. As razões vivem de bico para o coração, não o suportam, ele é frágil demais e as razões são vivas demais, quentes demais, intensas demais, com tesões demais... As razões não pedem licença, entram, sentam, beija, tocam, simplesmente por prazer, sem precisar de uma concreta razão para querer, apenas pelo desejo de ser...
     As razões me arranham as costas, me suam até perder o fôlego, me enchem de mais, de coisas a mais, de razões a mais, de delírios a mais, razões demais... Você demais, a razão que me faz ficar, querer, fazer, sentir, amar, ter.
    Eu não preciso matar minhas razões os pichá-las a todos os muros brancos da minha consciência, porque elas vão continuar aqui, batendo tampa de panelas dentro de mim e batendo o punho no peito dizendo que sem elas eu não seria sua, eu não seria minha, não seria de ninguém , não pertenceria ao mundo, não teria motivos, não maltrataria o coração. Mas elas estão lambendo minha cabeça e nesse exato momento, me dizendo: Somos as razões pela qual tudo está como está. Então deixa assim, fica assim, sem motivos, sem razões. Liberta o corpo ao vento, prenda as razões, beije-as e as agradeça por Viver tentando.


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