A gente vai
crescendo e vem surgindo as “dúvidas de tempo”. Fico impressionada como podemos
nos surpreender com quão velocidade nossos pensamentos mudam, as opiniões
divergem e a mágoa passa. A gente se mutila tanto por problemas tão vazios sem
se preocupar com o que realmente interessa, como o autoconhecimento.
Eu me
admiro por assim dizer, me considerar sobrevivente, fui afetada pelo mal da
humanidade. Deixei que um vírus
dominasse minha mente e controlasse meus sentidos. Deixei que o erro dos outros
me causasse dor, deixei de dormir para pensar em soluções, deixei de amar por
medo, deixei de sonhar por medo da queda, deixei de viver por não querer saber
como realmente se vive. Eu fui comida viva por parasitas insanos que por tempos
insistiram em me maltratar, quase me tornei fraca, não era mais eu e minha
opinião, tudo era choro e mágoa.
Eu me culpei por tanta coisa que nem cabia a
mim saber e como sofri pela dor de
outros. Eu não conseguia perdoar ninguém, por simplesmente não saber perdoar e
não livrava minha alma de pecados que eu cometia em sonhos. As dúvidas de tempo
não apagam todos os pensamentos que já passaram pela minha memória e nem
garante que nenhum deles possam não voltar, elas amenizam a dor, fazem um
curativo em sangues ainda não coagulados e oferecem um pouco de conforto a pensamentos cansados e problemas sem
resolução. Eu sobrevivi a todos os monstros e vermes que viviam dentro de mim e
se alimentavam do meu medo e das minhas incertezas. Eu sobrevivi quando mudei
meu caminho e os meus valores, pois parte do que me mantinha era feita de
dúvidas e a outra parte era curada pelo tempo.
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