Eu tenho comigo, arquivado na minha memória, um
acervo de coisas promiscuas: As que eu já fiz, as que ainda farei e as que não
faria nunca mais.
Eu tenho
aqui comigo, nesse exato momento, passeando pelo meu sistema nervoso, sensações
que me provocam arrepios e que me fazem transpirar. Um suor frio que desce
lentamente pela minha espinha. Tenho comigo guardado dentro do meu sutiã,
historias tenebrosas, românticas e assanhadas, que só um belo par de peitos
pode contar. Um charme e sensualidade conduzidos por gêmeos grandiosos e que
fazem qualquer um perder a respiração. Aqui comigo tem segredos, uns cabíveis
aos meus quadris, outros levados com molejo à minha cintura, dando a volta por
toda a minha lombar, até o final da espinha. Aquelas coisas que não se escrevem
em diários antes de dormir, não se conta no confessionário do banheiro
feminino, não de pensa dentro de um restaurante ou não se lembra na sala depois
do almoço de família. Cá comigo trago palavras, e muitas delas. Vocabulários
repetidos, coisas clichês, cantadas vagabundas, palavra e pegada, comparações
banais. Tenho tatuado no meu corpo todos os elogios possíveis, e foram muitos,
dos bons até os inimagináveis, coisas que a gente pensa que nunca vai ouvir,
mas que no fim das contas acaba surpreendendo.
Tenho
levado no andar, naquele roçar de uma coxa e outra, nomes, ótimos nomes, alguns
para não se lembrar, outros para querer pronunciar de novo... Que nenhum cause
um motim sexual, é apenas uma questão de ponto de vista, ou imaginação,
daquelas bem inventadas e arrastadas até a ponta da renda da calcinha, ao lado
da sensualidade, batendo espaço com o desejo, juntas, em acordo com a vontade. Por ter em mim todas e em tudo, em todos,
n’Eles, um pouco de mim. Pros que negam, mas ainda pensam, lembram ou imaginam.
Pois que sabe harmonizar o conjunto dos segredos e contextos, ganha lugar VIP
na boa imaginação de um homem.
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