Era
só a vontade de colocar tudo para fora, de encher os pulmões de problemas não
solucionados e atirá-los ao vento com a
fé de alguma resolução.. Era só o irremediável tempo que nos enrolava e assim
nos embalava em seus delirantes moinhos de mudanças, nós nunca chegávamos ao
fim, ao ponto de uma pergunta para a virgula da resposta.
Ela não questionava os meios, mas adoraria
descobrir a ponta da manta que guardava o futuro, assim desinibia-se em cada
olhar mais aprimorado, em cada sorriso mais exposto, em cada promessa falsária
[...] Então ela pedia paz, apenas isso! Colocava em suas mãos um punhado de
terra para que haja sempre algo concreto para se apegar, em sua memória o
retrato dos rostos que já amou, os nomes pelos quais havia suspirado, levando
em conta quantas noites ficou sem dormir. Ela cabe no peito tudo aquilo que por
instantes a fez sorrir e mesmo que tenha jorrado uma nascente pura a brotar do
cantil de seus olhos, ela preza, a felicidade foi intensa, o sorriso verdadeiro,
o sentimento foi recíproco. Em seus pés, escreve com uma caneta bem forte a
palavra ‘Sonho’ , pois acredita que
seus pés precisem saber para onde devam ir.
Era só a vontade de inclinar o peito no
penhasco e sentir a brisa do perigo atravessar seus cabelos e invadir sua alma.
Era a necessidade de ter dentro de suas veias o prazer de sua liberdade
incondicional, de não dever nada a ninguém. Mas ela sabia, não podia, ainda não
estava no fim. Até o seu penhasco teria de subir montanhas e pisar em pedras
que em seu caminho estarão , ela sabe que ainda vai ter que molhar os cabelos
em meio as tempestades, que terá de enfrentar o medo do escuro até enfim alcançar
o seu pedacinho de céu.
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