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7 de jun. de 2015

HOJE - Quse um Século


Minha bisavó veio passar o final de semana em casa. Foi quase que um programa de meninas, onde a maior parte do tempo ficamos eu, minha mãe e ela conversando. Além de poder mais tempo com a minha avó, como não fazia a muito tempo, tive a oportunidade de olhar para quase um século, ali, do meu lado no sofá. Apesar de seus quase 97 anos, que serão completados no final deste mês de junho, pude ver os reflexos do tempo em nossa vida. Porque a vida passa para todos nós, não importa como aproveitamos essa jornada, a idade chega, gentil ou não, ela nos leva para o mesmo ritmo de mobilidade, de sensibilidade e de integridade. O tempo chega e deixamos de ser nossos e passamos a ser reféns da admiração das pessoas que cuidarão de nós, que nos alimentarão e nos garantirão uma morte tranquila.





Apesar de toda mobilidade da minha bisavó, e todo seu sacrifício para andar, devido ao cansaço, apesar de ouvir as mesmas frases e talvez as mesmas histórias, olhar para ela e ficar com ela foi uma meditação, uma máquina do tempo fracionada num piscar de olhos, onde tive a chance de rever toda a minha vida: Quem eu fui, quem eu sou e quem quero ser... Com um breve questionamento: “Quanto tempo eu tenho?” Talvez eu chegue aos 97 como a minha vó, talvez eu pare nos 50; talvez eu nem chegue aos 24...


Ficar três dias com a minha avó e ver ela rindo das bobagens que eu falo me deu uma única certeza: Viver até os 30 ou até os 100, tanto faz. Sei que posso fazer cada diz um pouco mais,  se sou capaz de fazer alguém rir, então, estou fazendo a coisa certa, então morrerei em paz, morrerei feliz.  
Bisavó Maria e Vó Iracema