Certo dia entreguei todos os meus cacos e farrapos na mão de
alguém. Promessas de caminhos novos
sempre são tentadoras e desafiadoras, então fui. Eu amei tanto, mas tanto que
chegava a doer, não existiam mais quatro passos, eram apenas dois. Era um
sonho, um plano, duas pessoas e uma vida. Amor, a gente dá e nunca sabe se o
que recebemos é menor, maior ou igual. O que se passa dentro do outro alguém é
um oceano desconhecido.
Hoje eu posso dizer com toda a certeza que eu recebi um amor
bem maior do que eu dei, e posso fazer uma afirmação dessas claramente, pois se
ele não me amasse tanto, não teria feito por mim o que nem mesmo eu faria: Ele
me devolveu a mim mesma, estourou aquela bolha fechada e embriagada pelo nosso
oxigênio. Soltou o nó e eu voltei à superfície.
Se alguém não me
amasse tanto, me devolveria pra minha vida, a tempo de me encontrar? De me
descobrir? De me sentir? Agora eu conheço o significado da palavra amor. E
embora eu ainda tenha muitas prateleiras de sonhos, planos e metas para
organizar, essa paz interior revigora, rejuvenesce e implora por sede de mim mesma. E é a partir daí que a gente descobre que de trás
do micro universo que rola dentro de uma lágrima que cai por amor, existe uma
felicidade plena e calma, como um pôr do sol constante acontecendo na minha
alma, e tudo fica simples.
Foi a partir de um amor demais, que nos deixava demais para
sermos nós, eu vi que, não existe ninguém e nem nada no mundo que possa colorir
sua vida, além de você mesmo, uma cor a cada dia e um novo cenário para cada
momento.
Se auto (re) descobrir é essencial para saber o que se quer e lutar por tudo que nos faz feliz... lindo texto
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